A internet ser feita de nichos, tudo bem. Tudo é feito de nichos: as escolas têm nichos, o trabalho tem nichos, a vizinhança tem nichos…
Mas chega a hora em que os produtos específicos para os nichos começam a passar dos limites. Cópias do YouTube são a demonstração perfeita disso.
O PornoTube já é sacanagem (duplo sentido), mas tudo bem, a internet é 99% pornografia e 1% conteúdo (Cardoso me crucificaria nessa). O ShoeTube é uma aberração espaço-temporal saída dos confins das dimensões elevadas, provavelmente vítima de algum jogo de ultracríquete. Agora, isso é só a ponta do iceberg.
Procurando por Tube no Google, dá pra ter uma noção da situação. Na primeira página já vêm o FunkTube (deve ser parceiro do pagodãoTube), o GodTube, além, claro, de mais XXXTubes e do YouTube. Na segunda, o IslamicTube. Na terceira, o FreeTube (você escolhe o canal que quer assistir. Desse eu até que gostei, tem canais diferentes – e não tem os comuns, claro, esses caras não têm contratos assim – só que o bandwith deles é patético) e o FootyTube (sobre futebol. Americano, claro). Na quarta já não tem nada, menos mal. Lógico que procurando um pouco você vai ver o animetube (um blogzinho com animes), o TubeBrasil (cujos vídeos em destaque são “Dançando funk”, “Rebeldes”, “Gugu”, “Domingo Legal”… Já deu pra sacar)… CHEGA. Links demais, ‘tô ficando tonto e cansado de botar links para coisas nonsense e absurdas. Ou nem tão absurdas. Mas definitivamente são algo que prova que web 2.0 às vezes é medonha. Agora, com licença, vou me retirar para ver o bom e velho YouTube. Sublinhem o ‘bom’.